quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Eleições e panorama econômico-social do Brasil nos anos 2010

Um cidadão que coloca seus interesses e preferências acima de sua cidadania é omisso. Preferia evitar a política e me ater ao direito, e com isto seria mais um omisso.

Economia

A economia é um fator que influi nos rumos da sociedade, notadamente quando esta paira perigosamente em direção de uma depressão de subsistência apenas. Estudando o caso do Brasil, no entanto, vemos este como um exemplo "sui generis". É mais um exemplo em que cai derrotado o Materialismo Dialético em torno do qual Karl Marx construiu seu mundo teórico, desculpa de um grupo de espertalhões para (i) chegar, (ii) se estabelecer e querer (iii) se manter no poder.

Observamos na Sociedade Brasileira um universo contraditório. Vocês ficarão surpresos com os personagens citados. Banqueiros, profissionais liberais, a classe média alta e até alguns milionários tem uma PARADOXAL SIMPATIA PELO SOCIALISMO. Isto nos surpreende, assusta e acende um alerta. O que está acontecendo em nosso país ?

Se estivéssemos numa amostra estatística composta de professores de história, de sociólogos, de psicólogos, de antropólogos e congêneres, entenderíamos facilmente, por comporem um setor cuja preocupação precípua converge para o humano, o social e amálgamas da sociedade como um todo e, por consequência, comporem a esquerda política.

Mas COMO COMPREENDER OS BANQUEIROS, continuação da corrente da burguesia (nada mudou, continua a existir os apaixonados pelo vil metal), gostando desta situação de predomínio de discursos e tendências esquerdistas. Me surpreendo não por tendência, mas por puro espanto, pois é uma situação na qual tenho gastado um tempo pensando.

Vem das classes oprimidas

Nestes últimos 12 anos de governo socialista "a moda brasileira", os líderes de partidos de esquerda, originários das classes oprimidas, trouxeram o conhecimento dominante de suas classes, que é justamente a identificação, segundo seus valores, do que os oprimia.

  E o que os oprimia ? No fundo, no fundo, o que os oprimia era a FALTA DE ACESSO aos bens de consumo que chamo de segunda necessidade, pequenos "luxos", que aqui listo:


  • Fogão de 6 bocas (agora substituído pelo de 5);
  • Geladeiras de corpo duplo e "frost-free";
  • TeVes de tela plana de 40 polegadas ou mais;
  • Telefones celulares "smart";
  • Videogames (Playstation® e XBox®); 
  • Veículos;

Saindo da pobreza

E o que fizeram estes líderes, então ? Ao invés de dar ao povo o "socialismo de camisas pardas" dos chineses, ou das comunas russas, deram aos brasileiros o "socialismo do CRÉDITO". Tendo dito isto, talvez não fosse necessário explicar mais nada. Imaginem se Stalin ou Mao-Tsé-Tung tivessem tido uma flexibilidade de pensamento, capital e uma segurança para cessão de crédito interna, tal como existe agora ? Talvez o comunismo tivesse vingado na União Soviética e na China. Mas havia mais um ingrediente no socialismo de ambos: manter a população pobre. Nivelamento por baixo.

O crédito para todos

Retornemos ao caso Brasil. De posse do crédito fácil, conveniente aos bancos, que vivem da razão do 1 (um) para 9 (nove), ou seja, para cada um Real emprestado, abre-se a possibilidade de se emprestar mais 9 Reais, as pessoas não perceberam que estavam sendo vítimas de um engodo, demonstrado pelo resultado visível na situação em que o país se encontra.

Mas por que ainda não se decepcionou o brasileiro ? Será que não se preocupa com economia ? A resposta, em parte, se encontra na índole deste povo tão diferente, e a outra, consequência desta, no aparente conforto em que agora se encontra este mesmo povo, a ponto de ousar dizer, frente à situação calamitosa pré-eleição de 2018:

"Eu não gosto de política"

Quem diz isto se revela o pior manipulado. Os grupos que dominaram a política tiveram êxito em suas estratégias.

Aparente Conforto

Como um nativo de uma terra recém descoberta, o povo brasileiro se satisfez com a "linha branca" e com a "linha culinária". Ótimo ! Podem viver desfrutando da comida e do entretenimento. A comida foi garantida em seu mínimo pelos vales (os programas do governo perfazem um número de 67, entre programas municipais, estaduais e federais).

Mas não é só isso. Com as benesses obtidas unidas a um mundo virtual coletivo, onde se sentem mais próximos dos amigos físicos e de um novo grupo, dos amigos virtuais, obtiveram quase o Paraíso aqui na terra. Stalin e Mao-Tsé-Tung só podiam contar com o rádio, sem esta interação que o mundo digital proporciona.

E assim está o indivíduo brasileiro, vivendo um sonho no Paraíso, na Ilha da Fantasia Virtual. Distribua celulares utilizando o crédito, e você tem uma multidão de alienados trocando informações de si e de seu grupo, como se fossem os artistas de suas próprias vidas, personagens de uma fantasia local entre parentes e colegas, no Whatsapp, no Facebook, no Instagram e outros.

Aqueles que descobrem que estão vivendo numa ilusão suicidam, ou passam para o ativismo social, usando as redes como algo útil, disseminando este alerta e denunciando o estado das coisas.

Os iludidos

Mas os que ainda estão iludidos veneram o líder encarcerado que proporcionou este sonho, um pouco de ilusão, a eles.

Vocês acham que a droga que escraviza é apenas a substância de folhas das plantas ? Não, as ideologias perniciosas são mais potentes que as anfetaminas. O "barato" da droga acaba. O transe de uma ideologia fica na cabeça do adepto 24 horas por dia, tomando conta de suas entranhas.

Outra parcela de iludidos até sente que está sendo enganada, mas não admite, para ver se consegue ser enganado mais tempo. Isto é humano. Isto encontra explicação na natureza dos seres de carne e osso.

Os disfarces

O socialismo brasileiro "sui generis" vem empacotado no primeiro embrulho com os dizeres LIBERDADE (esta não existe sem conhecimento) . O segundo é o da pretensa CIDADANIA (esta não existe sem consciência). O terceiro é o da IGUALDADE (não existe sem educação e consciência de si mesmo). E o último embrulho do pacote é o papel dourado do CRÉDITO. Aqui entra o fator econômico.

Constatação final

O Brasil é uma vítima, até nos seus setores mais cultos, de uma conspiração urdida por ex-oprimidos, para continuar mantendo o povo alienado com pão e circo, só que de uma espécie mais subliminar e aparentemente prazeirosa.