sábado, 19 de maio de 2018

Cartilha para as Eleições de 2018

Nestes últimos anos, o pretenso cidadão brasileiro está tendo um encontro consigo mesmo. Eu disse "pretenso", pois o "morador" das terras brasileiras não pensa em seu país, mas apenas no seu futuro e no de sua família. Tentar discutir o conceito de NAÇÃO em meio aos moradores das terras brasileiras é uma enorme perda de tempo. O grosso da população só se engaja em algum movimento popular se vislumbrar algum ganho pessoal. Eles não se engajam por compromisso, mas por simples modismo.

Em 500 anos, a população brasileira veio vivendo, acompanhando o progresso mundial, "mal e porcamente", IMITANDO as iniciativas e aceitando voluntariamente as ideias e conceitos de europeus e americanos, como verdades absolutas. Em apenas 500 anos, o Brasil teve 5 constituições, prova da facilidade de nosso povo em aceitar tendências políticas sem avaliar se elas se aplicam à nossa prática diária. Isto é um absurdo.

Teóricos dirão que isto é uma demonstração de nossa flexibilidade de pensamento, no entanto, isto é prova de uma absoluta FALTA DE IDENTIDADE.

E nos últimos anos, os anos da Lava Jato, esta ferida purulenta de nossa Falta de Identidade se revelou. A ferida aberta mostrou a única identidade que o brasileiro possui: se juntar a outros para obter o DINHEIRO FÁCIL. A ideologia brasileira é, atualmente, o DINHEIRO.

País sem partido

E em torno do Dinheiro, o brasileiro construiu seu sistema ideológico partidário. São Legendas insossas cuja ideologia, nas entrelinhas, é ter uma vaga num partido, para usufruir do esquema que desvia dinheiro para o bolso dos políticos.

Em seu artigo "O partido que não temos", Demétrio Magnoli mostrou que o próprio Lula abandonou a sua luta pelos trabalhadores brasileiros, para enveredar pelos caminhos populistas, fazendo da política e dos programas sociais uma cortina de fumaça para esconder o desvio de grandes somas de dinheiro para financiar as "Republiquetas Sul-Americanas". O artigo mostra a repulsa dos povos sul-americanos pelos políticos. Mas não é a política que está errada, e sim a falta da busca pela identidade de nação e da falta de uma consciência pela busca da construção de um país adequado ao progresso. E o progresso, aliado à consciência de que constituímos uma nação traz a melhoria das condições para que as perspectivas sociais também melhorem.

O conceito de nação e de progresso é importante, para evitar a dissociação entre bem-estar social e paz, demonstrado neste artigo de uma psicóloga. O Brasil justamente falhou, durante os governos populares dos últimos anos, pelo fato de não buscar a consolidação de NAÇÃO. O brasileiro não se preocupa com o seu concidadão, mas tão somente com o seu próprio bem-estar e com a sua família.

Os candidatos

Você mesmo, leitor, entre nos sites das Assembleias Legislativas dos principais estados brasileiros, e procure levantar o grau de instrução dos ocupantes dos cargos (pois não merecem o título de legisladores). Pense sobre os nomes de registros dos candidatos à eleição:


  • Zé da Farmácia;
  • João da Ambulância;
  • Manoel da Funerária;
  • Joaquim do Chapéu;
  • Mané da Padaria;

Pense também sobre as promessas destes "moradores" do Brasil:

"Vou dar dentaduras aos desdentados";
"Vou dar carteira de habilitação para você poder ter a sua moto de entregas";
"Vou dar duas cestas básicas se você votar em mim";
"Vou te inscrever no bolsa família";
"Vou tirar seu parente da cadeia";
"Vou te dar um cargo de assessor no meu gabinete";
"Vou te dar uma mesada de 2000 reais";
"Vou garantir decretos para o ramo de sua indústria";


Isto e coisa pior, como foi descoberto pela Polícia Federal.

Pesquisas

Mais um fruto do pensar só em si mesmo e na sua família é a ideia de votar no candidato líder nas pesquisas, para não ter segundo turno, e atrapalhar mais um fim de semana. Pasmem, mas vários eleitores fazem isto, confirmando o que colocamos acima.

As pesquisas, seja qual for a tendência, verdadeira ou mentirosa, ditam o comportamento de um eleitor sem Identidade de Nação e sem personalidade, cuja vida é guiada pelo horizonte do conforto e do dinheiro.

A empresa que faz a pesquisa, faz a mesma como encomenda de um setor interessado, pois não fica nada barato fazê-la. E não precisamos nem citar os enunciados confusos das perguntas feitas nestas pesquisas, para confundir o entrevistado.

Jornais e mídia

Como mais uma ramificação estabelecida pelos interesses do Dinheiro, os jornais (alguém tem que fnanciar, senão fecham) acharam nas ideias Socialistas (e não sociais) a base ideal do consumismo. Se as pessoas são convencidas de que podem ter aquilo que seu vizinho ou colega tem, melhor para a indústria e para o comércio. Os valores de nação não interessam aos industriais, pois não geram, necessariamente, o consumo.

Como a mídia recebe um polpudo financiamento para se manter, é obrigada a propagar o discurso dos grandes grupos econômicos.

Individualidade

Nestas eleições, procure votar como um indivíduo, como uma pessoa que tem o seu próprio pensamento. Seja realmente um cidadão. Pense que, agindo em seu próprio interesse, sem pensar na nação e no país, você vai estar condenando seus filhos à ruína, num futuro bem próximo. Não é preciso pesquisar muito na Internet, para saber que:

VOCÊ DEVE SER HONESTO

Nossos pais e nossos avós já falavam isto há muito tempo, e também:

VOCÊ PLANTA O QUE COLHE

Conselho Final

Vote em candidatos que se aproximem ao máximo do perfil de HONESTOS. Na antiguidade, o grego Diógenes saiu na rua com uma lanterna à procura de um homem honesto. Se não achar um 100%, procure por 90 %, ou 80%.

Não troque seu voto por uma dentadura, par de sapatos, cesta básica ou favores pessoais.